Não há dúvida de que há demasiados carros nas estradas. Os engarrafamentos diários, especialmente durante a hora de ponta da manhã, o aumento dos acidentes rodoviários e o comportamento agressivo dos condutores falam por si. A esta situação acresce o facto de que, quanto maior é o tráfego, mais desgastadas e danificadas se tornam as estradas, o que resulta numa necessidade mais frequente de reparações rodoviárias. Já para não falar do facto de, em muitos locais, as estradas terem de ser alargadas para fazer face ao aumento do volume de tráfego. Trata-se de um problema bastante grave que tem de ser resolvido. No entanto, não se trata de uma tarefa fácil.
Uma das melhores opções é, provavelmente, aumentar a utilização dos transportes públicos, sejam eles urbanos ou interurbanos. No entanto, não é fácil convencer as pessoas de que esta é uma boa solução. Apesar de o país ter uma das melhores redes de transportes públicos do mundo, a maioria da população prefere claramente o automóvel e só o utiliza quando necessário. Isto acontece por uma razão simples e óbvia: ter um carro é muito mais cómodo.
Como tornar os transportes públicos mais populares? Há várias maneiras, mas a base é, sem dúvida, a sua reforma. A pontualidade deve ser melhorada, nomeadamente nos comboios. Se se está com pressa, por exemplo, se se chega meia hora atrasado, é difícil acenar. Funciona noutros países, funcionará aqui também.
Também seria necessário alargar o raio de ação, especialmente nos comboios interurbanos. A frequência dos serviços deveria ser aumentada para que, por exemplo, as pessoas não tenham de esperar várias horas pela chegada de um comboio. Isto implica também aumentar o número de paragens. Por exemplo, ninguém quer andar mais de um quilómetro com compras pesadas.
Por último, é necessária uma grande campanha de sensibilização e de publicidade. Como o demonstram vários anúncios publicitários, as pessoas são muito susceptíveis neste sentido. Por isso, não faz mal nenhum utilizar estes princípios de marketing para promover algo benéfico. Se juntarmos tudo isto, deve fazer a diferença. O único problema é que, de momento, não há financiamento para tal.